Guia de Estudo de Gastronomia.

Este blog, tem como finalidade, ajudar aqueles que gostariam de cursar gastronomia e não tem recursos financeiros compatíveis. Decidi cursar no começo por hobby, depois me fascinei pelo o estudo, procurando pela internet as matérias relacionada ao curso individualmente, tentando chegar perto do conteúdo programático de cursos livres, técnico e superiores e de culinária e gastronomia.
Então pensei, porque não disponibilizar a todos assim como eu, cursar de forma gratuita.
Espero que te ajude, assim como me ajudou.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Vegetais em sua mais perfeita cocção

Saltear, assar, cozer no vapor - são várias as formas de se obter a melhor textura de cada legume



Quando se fala em vegetais, o melhor nem sempre é cozinhá-los al dente, mas no ponto, como no emblemático gargouillou de jeunes légumes do francês Michel Bras, em que cada legume aparece em seu melhor estado de cocção - daí o fato de, apesar de ter sido criado há mais de 30 anos, o prato ainda inspirar muitos chefs.
Entusiasta do trabalho de Bras, Raphael Despirite serve às terças e quintas, no Marcel, uma salada com "legumes da feira" (foto) à semelhança da do chef francês. O ideal de perfeição é realçar o sabor e, sobretudo, a textura mais prazerosa ou surpreendente de cada elemento, respeitando o tempo de cocção. "Um prato todo crocante ou todo mole é monótono. A cozinha moderna pede a mistura de textura", diz.
Imersão em água fervendo é um método, mas não o único. "O cozimento no forno é mais uniforme. A grelha também é um ótimo recurso, e pouco aproveitado."
Legumes crocantes são a melhor textura, na opinião de Helena Rizzo. Para consegui-los, a chef do Maní usa a técnica de branqueamento, uma cocção rápida em água fervente e sal, seguida por choque térmico para interromper o cozimento. Em seu cuscuz com miniverduras e emulsão de laranjas, eleito o melhor prato vegetariano no Prêmio Paladar de 2010, o milho e o rabanete são dourados no azeite e os outros legumes, escaldados separadamente e em tempos diferentes, para que cada um atinja seu ponto. Só depois são dourados juntos. "O segredo é o controle do cozimento rápido e o resfriamento."

Outro prato da chef em que a textura exata dos tubérculos é essencial é o maniócas. Helena leva os tubérculos direto ao forno ou aplica uma técnica que aprendeu com o basco Andoni Luis Aduriz, do Mugaritz. Deixa os legumes já descascados de molho por duas horas em água com cal, para formar uma película externa. Depois, branqueia os tubérculos e os finaliza no forno. "Fica uma pele crocante por fora e um purê natural por dentro. Funciona bem com batatas, cará, inhame e mandioquinha."
Resfriar os legumes em água fria para estancar a cocção também é um método muito usado pelo chef francês Alain Passard, do três-estrelas L"Arpège, que abre seu menu com os grand crus da horta.
Apaixonado pelo reino vegetal, o chef dá uma dica prática: assar os legumes que nascem sob a terra (batata e cenoura) e cozinhar suavemente os que nascem em ramos (tomate e berinjela). "Para que não se rompam, basta aquecê-los ", diz, em entrevista ao Paladar. Passard ainda hoje aplica às hortaliças um processo comum às carnes: a crosta de sal. "É um prazer quando ele dá sabor a vegetais como a beterraba", diz.

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